quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Exercícios sobre Classes de Palavras

Exercícios sobre Classes de Palavras

1) Identifique os substantivos das frases abaixo, acrescentando se são comuns ou próprios:

a) Cabral, que veio de Portugal, descobriu o Brasil.

b) É tamanho o apego do pão-duro ao dinheiro, que acaba se tornando miserável.

c) Os homens aprendem mais com exemplos do que com teorias.

d) As árvores são preciosas à vida humana, portanto não as destruamos.

e) Pela palha se conhece como foi a espiga.

2) Identifique os substantivos simples com “S”, compostos com “C”, primitivos com “P” e derivados com “D”:

a) Cerejeira

b) Papel

c) Planalto

d) Frio

e) Banana-maçã

f) Pedregulho

g) Chuveiro

h) Cara

3) Identifique os artigos, classificando-os em definidos ou indefinidos:

a) Para todos os males há dois remédios: o tempo e o silêncio.

b) Estando em moda, todos os vícios passam por virtudes.

c) A rosa sem perfume é um punhado de pétalas que o vento leva.

d) Existe algo no amor que nunca morre, por isso é eterno.

e) A simpatia nos dá amigos; o interesse nos dá companheiros.

4) Identifique os adjetivos, acrescentando se são simples, compostos, primitivos ou derivados.

a) O tubarão é um peixe belo e célebre.

b) A cachoeira de Iguaçu é barulhenta.

c) A saia azul da menina estava rasgada.

d) O menino pobre olhava a estranha vitrine.

e) O filme “Telma e Louise” tornou Brad Pitty famoso.

f) A venda de DVDs piratas é uma atividade ilegal.

g) O cachecol azul-claro aquecia o menino no forte inverno do Rio Grande do Sul.

5) Identifique os numerais, classificando-os:

a) Tomei meio litro de leite.

b) Ela ganha o dobro do marido.

c) É a terceira vez que venho aqui hoje.

d) Nove pessoas estavam na festa.

e) Metade da sala faltou.

6) Marque “OS” para pronome substantivo e “PA” para pronome adjetivo:

a) Toda panela tem sua tampa.

b) Ela é viúva aos vinte anos.

c) Isso não tem cabimento.

d) Nosso país é muito grande.

e) Luísa chegou, mas não a vi.

f) Nosso carro é aquele calhambeque.

7) Encontre os verbos:

a) O coração é uma riqueza que não se vende, não se compra, não se aluga: dá-se.

b) É no coração do homem que reside o princípio e o fim de todas as coisas.

c) Quando o demônio da cobiça agarra o humano coração, só morto o deixa.

d) Um homem não é nada mais do que aquilo que ele sabe.

e) A ingratidão é uma forma de fraqueza. Jamais conheci homem de valor que fosse ingrato.

8) Identifique os verbos e as conjugações a que pertencem:

a) Colar

b) Calor

c) Matar

d) Motor

e) Frear

f) Opor

g) Isopor

h) Saber

i) Sabor

j) Tratar

k) Trator

l) Reter

m) Ureter

n) Mentir

o) Rir

p) Parir

q) Faquir

r) Rechear

s) Bastar

t) Bazar

9) Identifique o advérbio nas frases abaixo:

a) Volto logo.

b) Falei calmamente.

c) Iremos lá.

d) Esse carro é muito bom.

e) Ele estava muito bem

f) Infelizmente, o Brasil é assim.

10) Classifique as palavras em negrito, assinalando “A” para advérbios, “P” para preposições e “C” para conjunções.

a) Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto...

b) A professora falava bem.

c) Eles não estudaram, mas conseguiram boas notas.

d) Ela é bastante simpática.

e) Morreu de tuberculose.

f) Gosto de morar em Brasília

11) Identifique as interjeições:

a) Oh! Que pena terem roubado seu carro!

b) Cuidado! Não corra tanto.

c) Psiu! Não façam barulho.

d) Ai! Não pise no meu pé.

e) Arre! Que bom que ele saiu!

Classes Gramaticais ou Classes de Palavras

Classes Gramaticais ou Classes de Palavras

(Variáveis)

Substantivo

É a palavra que nomeia os seres reais, imaginários ou decorrentes de uma ação, qualidade ou estado.

Subdividem-se em:

a) Simples: apresentam apenas um radical:

Ex.: garoto, árvore, cidade, mesa.

b) Compostos: apresentam mais de um radical:

Ex.: peixe-boi, bem-te-vi, girassol, passatempo.

c) Comuns: nomeiam os seres de uma mesma espécie em sua totalidade:

Ex.: homem, atleta, cidade, país.

d) Próprios: nomeiam um ser específico entre todos os de uma espécie:

Ex.: Pedro, Pelé, Londrina, Brasil.

Artigo

Recebe o nome de artigo as palavras o, a, os, as, um, uma, uns e uma que se antepõem aos substantivos a fim de determina-los ou indeterminá-los e, ao mesmo tempo, indicar o gênero e o número a que pertencem.

Ex.: Visitamos o museu.

As ruas amanhecem úmidas.

Um dia irei visita-lo.

Comprei umas frutas no mercado.

Adjetivo

É a palavra que se refere ao substantivo, atribuindo-lhe qualidade, especificação, estado ou origem.

Subdividem-se em:

a) Simples: possui apenas um radical:

Ex.: alto, belo, real, difícil.

b) Composto: possui dois ou mais radicais:

Ex.: azul-claro, marrom-celeste, afro-brasileiro, político-social.

c) Primitivo: não deriva de outra palavra:

Ex.: fácil, pobre, célebre, magro.

d) Derivado: deriva de outra palavra:

Ex.: enlatado, famoso, ilegal, giratório.

Numeral

É a palavra que indica a quantidade dos seres ou assinala o lugar que eles ocupam em uma determinada série. Assim, os numerais podem ser:

a) Cardinais: são os numerais básicos:

Ex.: um, dois, três, quatro...

b) Ordinais: indicam a ordem de sucessão dos seres numa determinada série:

Ex.: primeiro, segundo, terceiro, quarto...

c) Fracionários: indicam a diminuição proporcional da quantidade, a sua divisão:

Ex.: meio ou metade, um terço, um quarto...

d) Multiplicativos: indicam o aumento proporcional da quantidade, a sua multiplicação:

Ex.: duplo ou dobro, triplo, quádruplo...

ALGARISMOS

 

NUMERAIS

     

ARÁBICOS

ROMANOS

CARDINAIS

ORDINAIS

FRACIONÁRIOS

MULTIPLICATIVOS

1

I

UM

PRIMEIRO

   

2

II

DOIS

SEGUNDO

MEIO/METADE

DUPLO/DOBRO

3

III

TRÊS

TERCEIRO

UM TERÇO

TRIPLO

4

IV

QUATRO

QUARTO

UM QUARTO

QUÁDRUPLO

5

V

CINCO

QUINTO

UM QUINTO

QUÍNTUPLO

6

VI

SEIS

SEXTO

UM SEXTO

SÊXTUPLO

7

VII

SETE

SÉTIMO

UM SÉTIMO

SÉTUPLO

8

VIII

OITO

OITAVO

UM OITAVO

ÓCTUPLO

9

IX

NOVE

NONO

UM NONO

NÔNUPLO

Pronome

É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, considerando-o apenas como pessoa do discurso. No primeiro caso, chama-se pronome substantivo; no segundo, pronome adjetivo.

Ex.: É importante que todos compareçam, à nossa festa.

(todos: pronome substantivo; nossa: pronome adjetivo)

Ninguém concordará com essa proposta.

(Ninguém; pronome substantivo; essa: pronome adjetivo)

PRONOMES

PESSOAIS

PROMES POSSESSIVOS

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

PRONOMES INDEFINIDOS

PRONOMES RELATIVOS

PRONOMES INTERROGATIVOS

EU

MEU

ESTE

ALGUM

O QUAL

QUAL

TU

TEU

ESSE

NENHUM

CUJO

QUANTO

ELE, ELA

SEU

AQUELE

TODO

QUANTO

QUE

NÓS

NOSSO

ISTO

VÁRIO

QUE

QUEM

VÓS

VOSSO

ISSO

TANTO

QUEM

 

ELES, ELAS

SEUS

AQUILO

QUALQUER

COMO

 
       

ONDE

 
       

QUANDO

 
           

Verbo

É a palavra que exprime ação, fenômeno natural, estado ou mudança de estado, indicando simultaneamente tempo, modo, pessoa e número.

Ex.: O feirante jogou as cascas de laranja no lixo.

Ontem choveu durante o dia.

O dia está chuvoso

Classificação dos verbos

a) Regulares: não apresentam alteração no radical e as terminações seguem um padrão chamado de paradigma.

Ex. falar (1ª conjugação/”ar”) vender (2ª conjugação/”er”) partir (3ª conjugação/”ir”)

b) Irregulares: apresentam alteração no radical ou as terminações fogem ao modelo da conjugação a que pertencem.

Ex.: dizer (radical= diz): digo, disse, direi.

c) Anômalos: apresentam, durante a conjugação, profundas alterações no radical.

Ex.: ir: vou, fui, ia, fora, irei, fosse e etc.

Ser: sou, fui, era, fora, serei, fosse e etc.

d) Defectivos: não possuem conjugação completa.

Ex.: computar, falir, banir.

e) Abundantes: apresentam mais de uma forma.

Ex.: verbo pagar: pagado ou pago; verbo aceitar: aceito ou aceitado; verbo fritar: frito ou fritado; verbo eleger: elegido ou eleito.

f) Auxiliares: são verbos que se combinam com o infinitivo, particípio ou gerúndio de outro verbo.

Ex.: O ingresso estava pago.

A passagem foi aceita.

O ovo estava frito.

g) Pronominais: são os que se conjugam acompanhados de pronomes oblíquos da mesma natureza do sujeito.

Ex.: queixar-se, arrepender-se suicidar-se, precaver-se, atrever-se.

Classes Gramaticais ou Classes de Palavras

(Invariáveis)

Preposição

É a palavra invariável que liga duas outras, subordinando uma à outra.

Ex.: Moro em Brasília.

O cão morreu de fome.

Conjunção

É a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes da mesma oração.

Ex.: Você quer açúcar ou adoçante?

Preste atenção ou saia da sala.

Advérbio

É a palavra que modifica o sentido de um verbo, acrescentando-lhe uma circunstância (tempo, modo, lugar, causa, intensidade, etc.) ou intensifica o significado de um adjetivo ou de outro advérbio.

Ex.: Aquele vereador fala bem.

Aquela garota é bastante magra.

Essa professora fala muito alto.

Interjeição

É a palavra ou locução com que se exprime um sentimento de dor, alegria, de admiração, de aplauso, de irritação, etc.

Ex.: Ah!, Oh!, Oba!, Coragem!, Bravo!, Oxalá!, Alô! Silêncio!, Basta!, Cuidado!, Nossa Senhora!, Puxa vida!, etc.

Texto “A DESCRIÇÃO”–parte 3 e 4

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Texto “A DESCRIÇÃO”–parte 1 e 2

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TEXTO “O QUE É DISSERTAR”–PARTE 5 E 6

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Texto “O QUE É DISSERTAR”–PARTE 3 e 4

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TEXTO “O QUE É DISSERTAR”–PARTE 1 e 2

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Frase, Oração e Período.

 

Frase é um enunciado linguístico de sentido completo, uma unidade mínima de comunicação. É sempre acompanhada de uma melodia, de uma entonação e pode expressar um juízo, indicar uma ação, estado ou fenômeno, transmitir um apelo, uma ordem ou exteriorizar emoções. As frases podem ser nominais ou verbais.

Frase nominal é aquela que, apesar de não conter verbo, apresenta sentido completo.

Exemplo: Piedade, Senhor!

Socorro!

Cada macaco no seu galho.

Frase verbal é aquela que possui sentido completo e apresenta pelo menos um verbo.

A que horas decola o avião?

Sempre tive amor pelos livros.

O preço dos combustíveis vai aumentar.

Oração é a unidade de comunicação marcada por um verbo ou locução verbal, tendo ou não sentido completo.

Nosso afilhado está estudando português.

Ando meio triste ultimamente

Todo eu era olhos e coração.

Período é a frase organizada em orações. O período pode ser simples e composto.

Período simples é constituído de uma única oração.

Meu cãozinho dálmata passeava calmamente pelo condomínio.

Período composto é constituído por duas ou mais orações.

Espero que Diego leia o livro que lhe indiquei.

.

Nos exercícios a seguir, marque “A” para as orações e “B” para as frases nominais.

 

a) Ruído de chave na porta, passos leves no corredor.

b) Às margens dos rios, nasceram muitas cidades brasileiras.

c) Ninguém na rua, nesta noite chuvosa.

d) Faltavam apenas duas semanas para o carnaval.

e) Dia de muito, véspera de nada.

f) O vigia andava perturbando os vizinhos.

g) Cada macaco no seu galho.

h) Felizes os convidados para a ceia do Senhor.

i) Não troquei a lâmpada da cozinha.

j) Recebi o dinheiro, conforme o combinado.

Nos exercícios a seguir, marque “A” para período simples e “B” para período composto.

a) Nos últimos anos, apesar do excessivo aumento das taxas de juros, a economia se manteve crescente.

b) Quero que sua mãe venha morar conosco.

c) Ela estava saindo, naquele exato momento, do consultório do médico.

d) Não é fácil, disse meu pai, manter tantos anos de casamento.

e) Nos últimos dias de vida, ela conseguiu manter sua serenidade e amizade para com todos.

f) É incrível a força que as coisas parecem ter quando elas precisam acontecer.

SALA DE AULA NO CENTRO DE ENSINO FUNDAMENTAL 3 DE SOBRADINHO

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domingo, 12 de fevereiro de 2012

Exercícios sobre Tipologia Textual

1. Observe os fragmentos de textos abaixo e classifique-os.

a) Não podia tirar os olhos daquela criatura de quatorze anos, alta forte e cheia, apertada em um vestido de chita, meio desbotado. Os cabelos grossos, feitos em duas tranças, com as pontas atadas uma à outra, à moda do tempo, desciam-lhe pelas costas. Morena, olhos claros e grandes, nariz reto e comprido, tinha a boca fina e o queixo largo. As mãos, a despeito de alguns ofícios rudes, eram curadas com amor; não cheiravam a sabões finos nem águas de toucador, mas com água do poço e sabão comum trazia-as limpas e sem mácula. Calçava sapatos de duraque, rasos e velhos, a que ela mesma dera alguns pontos.”

(Machado de Assis – Dom Casmurro)

b) NEGRO FUGIDO

(Oswald de Andrade)

O Jerônimo estava numa outra fazenda

Socando pilão na cozinha

Entraram

Grudaram nele

O pilão tombou

Ele tropeçou e caiu

Montaram nele.

c) ROSA DE HIROSHIMA

(Vinicius de Moraes)

Pensem nas crianças

Mudas telepáticas

Pensem nas meninas

Cegas inexatas

Pensem nas mulheres

Rotas alteradas

Pensem nas feridas

Como rosas cálidas

Mas, oh, não se esqueçam

Da rosa da rosa

Da rosa de Hiroshima

A rosa hereditária

A rosa radioativa

Estúpida e inválida

A rosa com cirrose

A anti-rosa atômica

Sem cor sem perfume

Sem rosa, sem nada

d) O SORRISO DOS OLHOS DE THALITA

(Filemon Félix de Moraes)

Dizer que Thalita sorria

É pouco

Com seus olhinhos miúdos,

Com seu rostinho singelo,

Com seu jeitinho maroto,

Thalita não só sorria:

Ela iluminava o dia!

e) MAR PORTUGUÊS

(Fernando Pessoa)

Ó mar salgado, quanto do teu sal

São lágrimas de Portugal!

Por te cruzarmos, quantas mães choraram,

Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar

Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena

Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador

Tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu,

Mas nele é que espelhou o céu.

f) NO CORPO

(Ferreira Gullar)

De que vale tentar reconstruir com palavras

O que o verão levou

Entre nuvens e risos

Junto com o jornal velho pelos ares

O sonho na boca, o incêndio na cama,

o apelo da noite

Agora são apenas esta

contração (este clarão)

do maxilar dentro do rosto.

A poesia é o presente.

2. Escolha um entre os tipos de redação vistos na aula e elabore um texto seu utilizando estas características.

Tipologia textual

CENTRO DE ENSINO FUNDAMENTAL 03 DE SOBRADINHO

Professora Ângela

PD2

1ª aula

- Tipologia textual -

revisão

Todos os fatos, pensamentos, sentimentos, paisagens, pessoas, enfim, tudo pode ser expresso por meio da escrita e aquilo que se escreve é uma redação. Porém o que está escrito encaixa-se sempre em pelo menos um dos três tipos de redação: descrição, narração e dissertação. Ao estudo dos tipos de texto (ou dos tipos de redação) dá-se o nome de Tipologia Textual.

Descrição é o tipo de composição que consiste em uma sequência de pormenores que caracterizam um determinado objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Tem por finalidade principal despertar no leitor impressões sensoriais (relacionadas aos órgãos do sentido: olhos - visão, ouvidos - audição, boca - paladar, nariz – olfato e pele - tato), sobretudo impressões visuais.

Descrição

É um retrato verbal

Narração é a modalidade de redação que consiste em um relato de uma história (verdadeira ou fictícia), envolvendo ação, que se desenrola por personagens. Essa ação apoia-se também em algumas circunstâncias como tempo, lugar, modo, causa, e outras.

Narração

É um relato de fatos

Dissertação é o tipo de redação que consiste na defesa de ideias gerais, a partir de um tema proposto, por meio de argumentos consistentes. Com a dissertação, o autor busca convencer o leitor a acreditar no seu ponto de vista e a aceita-lo.

Dissertação

É uma exposição argumentativa

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Interpretação de texto - “Vizinho…”

Vizinho....

Quem fala aqui é o homem do 1003. Recebi outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu apartamento. Recebi depois a sua própria visita pessoal – devia ser meia-noite – e a sua veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e lhe dou inteira razão. O regulamento do prédio é explicito e, se não o fosse, o senhor ainda teria ao seu lado a Lei e a Polícia. Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao repouso noturno e é impossível repousar no 903 quando há vozes, passos e músicas no 1003. ou melhor: é impossível ao 903 dormir quando o 1003 se agita; pois como não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dois números, dois números empilhados entre dezenas de outros. Eu, 1003, me limito a leste pelo 1005, a oeste pelo 1001, ao sul pelo Oceano Atlântico, ao norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 – que é o senhor.todos esses números são comportados e silenciosos; apenas eu e o oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós dois apenas nos agitamos e bramimos ao sabor da maré, dos ventos e da lua. Prometo sinceramente adotar depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul. Prometo. Quem vier à minha casa (perdão; ao meu número) será convidado a se retirar às 21:45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois às 8:15 deve deixar o 783 para tomar o 109 que o levará até i 527de outra rua, onde ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho, está toda numerada; e reconheço que ela só pode ser tolerável quando um número não incomoda outro número, mas o respeita, ficando dentro dos limites de seus algarismos. Peço-lhe desculpas – e prometo silêncio.

...Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta do outro e dissesse: “Vizinho, são três horas da manhã e ouvi música em tua casa. Aqui estou”. E o outro respondesse: “Entra, vizinho, e come de meu pão e bebe de meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e cantar, pois descobrimos que a vida é curta e a lua é bela.”

E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer [...] o brilho das estrelas e o murmúrio da brisa nas árvores, e o dom da vida, e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz.

BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhida, 4ª ed. Rio de Janeiro, 1980

1. Qual a principal ideia do texto?

a) A briga entre vizinhos de um prédio residencial.

b) O barulho e a confusão no apartamento 1003.

c) A carta e a reclamação verbal do vizinho 903.

d) O sonho de uma vida melhor e mais solidária.

2. Segundo o autor, quem faz barulho?

a) O vizinho 903 e a rua.

b) O senhor 1005 e os ventos.

c) O morador 1004 e a maré.

d) O homem do 1003 e o mar.

3. O que o narrador pretende ao utilizar números no texto?

a) Aceitar a distância existente entre as pessoas do edifício.

b) Criticar a indiferença existente entre os moradores do prédio.

c) Concordar com a frieza predominante das relações humanas.

d) Valorizar a boa educação comum a todos do grupo.

Leia o texto “Tropeços - A graça e a lógica de certos enganos da fala” e faça uma redação contando sua opinião sobre o assunto.

Tropeços - A graça e a lógica de certos enganos da fala

O compenetrado pintor de paredes olhou as grandes manchas que se expandiam por todo o teto do banheiro do nosso apartamento, as mais antigas já negras, umas amarronzadas, outras esverdeadas, pediu uma escada, subiu, desceu, subiu, apalpou em vários pontos e deu seu diagnóstico:

– Não adianta pintar. Aqui tem muita "humildade".

Levei segundos para compreender que ele queria dizer "umidade". E consegui não rir. Durante a conversa, a expressão surgiu outras vezes, não escapara em falha momentânea.

Há palavras que são armadilhas para os ouvidos, mesmo de pessoas menos humildes. São captadas de uma forma, instalam-se no cérebro com seu aparato de sons e sentidos – sons parecidos e sentidos inadequados – e saltam frescas e absurdas no meio de uma conversa. São enganos do ouvido, mais do que da fala. Como o tropeção de uma pessoa de boas pernas não é um erro do caminhar, mas do ver.

Resultam muitas vezes formas hilárias. O zelador do nosso prédio deu esta explicação por não estar o elevador automático parando em determinados andares:

– O computador entrou em "pânico".

Não sei se ele conhece a palavra "pane". Deve ter sido daquela forma que a ouviu e gravou. Sabemos que é "pane", ele assimilou "pânico" – a coisa que nomeamos é a mesma, a comunicação foi feita. Tropeço também é linguagem.

O cheque bancário é freqüentemente vítima de um tropicão desses. Muita gente diz, no final de uma história de esperteza ou de desacordo comercial, que mandou "assustar" um cheque. Pois outro dia encontrei alguém que mandou "desbronquear" o cheque. Linguagens... Imagino a viagem que a palavra "desbloquear" fez na cabeça da pessoa: a troca comum do "l" pelo "r", a estranheza que se seguiu, o acréscimo de um "n" e aí, sim, a coisa ficou parecida com alguma coisa, bronca, desbronquear, sem bronca. Muita palavra com status de dicionário nasceu assim.

Já ouvi de um mecânico que o motor do carro estava "rastreando", em vez de "rateando". Talvez a palavra correta lhe lembrasse rato e a descartara como improvável. "Rastrear" pareceria melhor raiz, traz aquela idéia de vai e volta e vacila, como quem segue um rastro... Sabe-se lá. Há algum tempo, quando eu procurava um lugar pequeno para morar, o zelador mostrou-me um quarto-e-sala "conjugal". Tem lógica, não? Muitos erros são elaborações. Não teriam graça se não tivessem lógica.

A personagem Magda, da televisão, nasceu deles. Muito antes, nos anos 70, um grupo de jornalistas, escritores e atores criou o Pônzio, personagem de mesa de bar que misturava os sentidos das palavras pela semelhança dos sons. Há celebridades da televisão que fazem isso a sério. Na Casa dos Artistas, uma famosa queria pôr um "cálcio" no pé da mesa. Uma estrela da “Rede TV!” falou em "instintores" de incêndio. A mesma disse que certo xampu tinha "Ph.D." neutro.

Estudantes candidatos à universidade também tropeçam nos ouvidos. E não apenas falam, mas registram seus equívocos. Nas provas de avaliação do ensino médio apareceram coisas como "a gravidez do problema", "micro-leão-dourado" e, esta é ótima, "raios ultraviolentos".

Crianças cometem coisas tais, para a delícia dos pais. O processo é o mesmo: ouvir, reelaborar, inserir em uma lógica própria e falar. Minha filha pequena dizia "água solitária", em vez de "sanitária". A sobrinha de uma amiga, que estranhava a irritação mensal da tia habitualmente encantadora, ouviu desta uma explicação que era quase uma desculpa e depois a repassou para a irmã menorzinha:

– A tia Pat está "misturada".

Interpretação de texto - “Meus primos”

MEUS PRIMOS

1.          R. G. era um demônio. Mais atleta, mais afeito à terra que qualquer um de nós, era uma espécie de Tarzan, filho do mato e do rio, diante da nossa meia tendência para o asfalto.

2.          Numa tarde, resolvemos caminhar pela estrada de ferro – e outra coisa não pretendíamos senão dar uma olhada na filha de um vigia novato, morena carregada, de olhos verdes e longas tranças que, de tardinha, lavava os pés, enfeitava a cabeça com uma flor e vinha para o patamar de casa tocar viola de 12 cordas e cantar “Suçuarana”.

3.          No meio do caminho, demos com a ponte de ferro feita de trilho, dormentes e mais nada, onde só o trem podia passar. R. G. teimou que atravessar seria uma canja, andando por cima dos dormentes. E se o trem viesse? – aventamos essa perigosa possibilidade. Não ligou. Nós ficamos no barranco do rio e ele começou, sozinho, a travessia.

4.          De repente, parecia coisa do diabo, o trem saiu da curva, a 100 metros da ponte. R. G. ia exatamente na metade e não tinha tempo de correr para frente ou para trás. Fechamos os olhos, pensamos em Deus por sua alma de 16 anos. O trem passou, houve um minuto de pausa e, depois, R. G. apareceu no mesmo lugar, (…), gritando que não seria a locomotiva da Great Western que o mataria tão jovem.

5.          Garoto de incrível presença de espírito, quando viu o trem à sua frente, agachou-se, segurou, com as mãos, um dos dormentes e deixou o corpo pendurado. Depois que passaram os 12 vagões, suspendeu-se como num exercício de barra e começou a rir do estado de pânico em que estávamos.

6.          O maquinista, ao chegar à estação de Gameleira, a dois quilômetros dali, entregou-se à polícia, confessando que tinha matado um menino da usina Cachoeira Lisa.

Marque com X o sinônimo da palavra ou expressão em destaque.

1. Em: “R. G. era um demônio.” (par. 1).  A palavra destacada pode ser substituída por:

a. (   ) animal               

b. (   ) moleque malvado

c. (   ) rapaz travesso  

d. (   ) ignorante

2. Em: “Mais atleta, mais afeito à terra… (par. 1), a expressão destacada pode ser substituída por:

a. (   ) mais insensível à terra       

b. (   ) mais acostumado à terra

c. (   ) mais desabituada à terra   

d. (   ) mais preocupado com a terra

3. Em: “… diante da nossa meia tendência… “ (par. 1), a expressão destacada significa:

a. (   ) desprezo    

b. (   ) inclinação    

c.(   ) amor      

d. (   ) preocupação

4. Em: “… dar uma olhada na filha de um vigia novato…” (par. 2), a palavra destacada indica que o vigia:

a. (   ) tinha pouca idade          

b. (   ) era ingênuo

c. (   ) ano tinha experiência    

d. (   ) estava a pouco tempo naquele lugar

5. Em: “E se o trem viesse? aventamos essa perigosa possibilidade.” (par. 3). A palavra destacada pode ser substituída por:

a. (   ) insinuamos        

b. (   ) verificamos

c. (   ) investigamos     

d. (   ) propusemos

6. Em: “Garoto de incrível presença de espírito…” (par. 5), a palavra destacada significa:

a. (   ) irreal      

b. (   ) inútil     

c. (   ) inacreditável     

d. (   ) incansável

Interpretação de texto - “O diploma”

 

O DIPLOMA

-       Olha o diploma da mamãe! Quem tem sua mamãe, ofereça este diploma a ela! Ofereça um diploma à sua mamãe!

O rapaz aproximou-se da banca onde se exibiam os diplomas. Pediu licença para pegar um deles, enquanto o vendedor continuava gritando a mercadoria sentimental.

Mirou e remirou o papel com atenção.

-       Onde é que bota o retrato?

-       Que retrato? – perguntou o camelô.

-       O meu, para oferecer à minha mãe.

-       Ah, compreendo, o cavalheiro quer dar um retratinho a ela. Muito bem, coloque sua bonita estampa nas costas do diploma, está vendo?

Timidamente, o rapaz formulou a objeção:

- Mas, se ela enquadrar o diploma e pendurar na parede, o retrato fica escondido nas costas.

- Perfeitamente, nesse caso, ela pode pendurar o quadro de costas e o amigo fica aparecendo.

- Isso não. Eu queria botar meu retrato na frente do diploma, junto disso tudo que está aí escrito.

- Não tem problema, cola aqui neste canto, fica mais interessante.

O rapaz tirou um embrulhinho do bolso, tirou do embrulhinho sua fotografia em tamanho postal, aplicou-a sobre o diploma, no lugar indicado pelo vendedor. Reconheceu aborrecido:

-       Cabe não.

-       Cabe sim. Com licença, cavalheiro. Olhe como ficou bonito. O senhor não gosta do retrato aqui neste canto?

-       Ele precisa de mais espaço… Se não, vai cobrir as letras da escrita…

-       Ora, só umas letrinhas. Vai levar?

-       Bem… eu levo. Corto o peito do meu retrato, assim ele cabe sem ofender as palavras. E como eu faço para mandar para Inajaroba?

-       Onde fica isso, meu chapa?

-       Sergipe, então não sabe?

-       Até este momento não sabia, mas não tem problema. Enrola, bota no Correio, vai de avião.

-       Chega todo esbandalhado.

-       Então, passa ali na papelaria e pede para botar enchimento, fazer um embrulho bem legal.

-       Mais um favorzinho, moço – e o rapaz baixou a voz e a cabeça.

-       Vai dizendo, vai dizendo.

-      Pode ler para mim o que está escrito aí? Eu não gostaria que minha mãe recebesse o diploma sem eu saber o que estou mandando dizer nele…

-       Com todo prazer – e leu com ênfase, para o rapaz e para o grupo em redor, a declaração de amor de um filho à sua mamãe, em forma de diploma.

(Carlos Drummond de Andrade, Caminhos de João Brandão. Rio de Janeiro, Livraria José Olympio Editora, 1970)

Após a leitura atenta do texto, responda às questões:

1. Em que local aconteceu o diálogo do texto?

a. (   ) Num estabelecimento comercial.

b. (   ) à beira de uma calçada, na rua.

c. (   ) dentro de uma escola.

d. ( ) Em um Shopping.

2. Quais as personagens que atuam no texto?

a) a mãe e o filho

b) o pai e a mãe

c) vendedor e o pai

d) o filho e o vendedor

3. Marque a opção em que se verifica que o rapaz demonstrou boas maneiras ao se aproximar da banca.

a) Mirou e remirou o papel com atenção

b) -       Mais um favorzinho, moço – e o rapaz baixou a voz e a cabeça.

c) -      Pode ler para mim o que está escrito aí?

d) O rapaz aproximou-se da banca onde se exibiam os diplomas. Pediu licença para pegar um deles, enquanto o vendedor continuava gritando a mercadoria sentimental.

4. Marque a opção que indica que a mercadoria é destinada a explorar o lado sentimental da relação do filho com a mãe.

a) -       Onde é que bota o retrato?

b) - Não tem problema, cola aqui neste canto, fica mais interessante.

c) -       Com todo prazer – e leu com ênfase, para o rapaz e para o grupo em redor, a declaração de amor de um filho à sua mamãe, em forma de diploma.

d) -       Onde fica isso, meu chapa?

5. Qual é a primeira e principal preocupação do provável comprador?

a) o preço do diploma

b) as letras bem desenhadas do diploma

c) o envelope do diploma

d) o local reservado ao seu retrato no diploma.

6. No início do diálogo, o camelô emprega tratamento cerimonioso: cavalheiro. Mais adiante, porém, trata o possível comprador por “meu chapa”. A que você atribui essa mudança?

a) ao preço do diploma

b) a atitude humilde do comprador

c) a agressividade do comprador

d) a prepotência do comprador

7. No trecho: “O rapaz tirou um embrulhinho do bolso, tirou do embrulhinho sua fotografia de tamanho postal…”. Por causa da presença das palavras em destaque, o contexto dessa pequena passagem parece sugerir que o comprador pertencia à:

a. (   ) alta sociedade

b. (   ) classe media

c. (   ) classe pobre e mais humilde.

d. ( ) classe de vendedores de rua

8. Por que o rapaz baixou a voz e a cabeça ao pedir um último favorzinho ao camelô?

a) porque ele era um rico comerciante

b) porque ele pretendia revender o diploma

c) porque ele pretendia reproduzir o diploma

d) porque ele se sentia envergonhado por não saber ler.

9. Identifique no texto a palavra ou expressão que indica a condição que o diploma ficaria ao chegar ao seu destino.

a) mercadoria sentimental

b) bonita estampa

c) esbandalhado

d) enchimento

10. Na frase: “Eu queria botar meu retrato na frente do diploma, junto disso tudo que está aí escrito.” as palavras em destaque foram usadas pelo comprador porque o diploma estava com:

a. (   ) com o falante

b. (   ) com o ouvinte

c. (   ) longe do falante e do ouvinte

d. ( ) com a mãe

Interpretação de texto – “A fuga”

A  FUGA

(Fernando Sabino)

1.         Mal o pai colocou o papel na máquina, o menino começou a empur­rar uma cadeira pela sala, fazendo um barulho infernal.

2.          – Para com esse barulho, meu filho – falou, sem se voltar.

3.          Com três anos, já sábia reagir como homem ao impacto das grandes injustiças paternas: não estava fazendo barulho, estava só empurrando uma cadeira.

4.          – Pois então para de empurrar a cadeira.

5.          – Eu vou embora – foi a resposta.

6.          Distraído, o pai não reparou que ele juntava ação às palavras, no ato de juntar do chão suas coisinhas, enrolando-as num pedaço de pano. Era a sua bagagem: um caminhão de plástico com apenas três rodas, um resto de biscoito, uma chave (onde diabo meteram a chave da despensa? – a mãe mais tarde irá dizer), metade de uma tesourinha enfer­rujada, sua única arma para a grande aventura, um botão amarrado num barbante.

7.         A calma que baixou então na sala era vagamente inquietante. De repente, o pai olhou ao redor e não viu o menino. Deu com a porta da rua aberta, correu até ao portão:

8.        – Viu um menino saindo desta casa? – gritou para o operário que descansava diante da obra do outro lado da rua, sentado no meio-fio.

9.          – Saiu agora mesmo com uma trouxinha – informou ele.

10.        Correu até a esquina e teve tempo de vê-lo ao longe, caminhando cabisbaixo ao longo do muro. A trouxa, arrastada no chão, ia deixando pelo caminho alguns de seus pertences: o botão, o pedaço de bis­coito e – saíra de casa prevenido – uma moeda de 1 cruzeiro. Chamou-o, mas ele apertou o passinho, abriu a correr em direção à Avenida, como disposto a atirar-se diante do ônibus que surgia à distância.

11.        – Meu filho, cuidado!

12.        O ônibus deu uma freada brusca, uma guinada para a esquerda, os pneus cantaram no asfalto. O menino, assustado, arrepiou carreira. O pai precipitou-se e o arrebanhou com o braço como a um ani­malzinho:

13.        – Que susto você me passou, meu filho – e apertava-o contra o peito, comovido.

14.        – Deixa eu descer, papai. Você está me machucando.

15.        Irresoluto, o pai pensava agora se não seria o caso de lhe dar umas palmadas:

16.        – Machucando, é? Fazer uma coisa dessas com seu pai.

17.        – Me larga. Eu quero ir embora.

18.       Trouxe-o para casa e o largou novamente na sala – tendo antes o cuidado de fechar a porta da rua e retirar a chave, como ele fizera com a da despensa.

19.        – Fique aí quietinho, está ouvindo? Papai está trabalhando.

20.        – Fico, mas vou empurrar está cadeira.

21.         E o barulho recomeçou.

I – Marque com um X a alternativa  correta:

1. Em: “Mal o pai colocou o papel na máquina…” (par. 1), a palavra em destaque  pode ser substituída por:

a. (    ) à medida que        

b. (    ) assim que

c. (    ) uma vez que         

d. (    ) depois que

2. Em: “A calma que baixou então na sala…” (par. 7), as palavras grifadas significam, respectivamente:

a. (    ) silêncio/passou                            

b. (   ) calor/ameaçou

c. (    ) silêncio/espalhou-se                   

d. (   ) tristeza/esbarrou

3. Em: “… era vagamente inquietante.” (par. 7), a palavra grifada refere-se àquilo que:

a. (   ) causa desconforto                       

b. (   ) provoca medo

c. (   ) causa intranqüilidade                  

d. (   ) provoca tristeza

4. Em: “… caminhando cabisbaixo…” (par. 10), a palavra grifada pode ser substituída por:

a. (   ) com o rosto entristecido                 

b. (   ) com a cabeça baixa

c. (   ) com o rosto voltado para trás         

d. (   ) com os cabelos no rosto

5. Em: “… saíra de casa prevenido…” (par. 10), a palavra grifada sig­nifica:

a. (   ) avisado              

b. (   ) antecipado

c. (   ) atordoado          

d. (   ) preparado

6. Em: “… o menino, assustado, arrepiou carreira.” (par. 12), a expressão grifada significa:

a. (   ) parou imediatamente              

b. (   ) suou frio

c. (   ) voltou correndo                        

d. (   ) ficou com os cabelos eriçados

7. Em: “O pai precipitou-se e o arrebanhou com o braço…” (par. 12), as formas verbais assinaladas significam, respectivamente:

a. (   ) correu para a frente / recolheu          b. (   ) desorientou / afastou

c. (   ) pulou para trás / procurou                 d. (   ) desequilibrou / segurou

8. Em: “Irresoluto, o pai pensava…” (par. 15), a palavra grifada sig­nifica:

a. (   ) alterado       

b. (   ) pálido      

c. (   ) tranqüilo        

d. (   ) indeciso

9. O fato de o menino ter começado a empurrar a cadeira no momento em que o pai colocou o papel na máquina indica que o menino:

a. (   ) não gostava do barulho da máquina de escrever

b. (   ) queria chamar a atenção do pai para si

c. (   ) era um menino muito brincalhão

d. (   ) queria aproximar-se da máquina para ver o pai

10. Ao dizer que o menino reagira à injustiça do pai, o narrador compara a atitude da criança à:

a. (   ) de uma pessoa adulta                     

b. (   ) de uma criança mais velha

c. (   ) de outra criança da mesma idade    d. (   ) de um adolescente

11. Ao dizer “Eu vou embora…” (par. 5), menino estava pensando em:

a. (   ) sair da sala           

b. (   ) fugir de casa

c. (   ) ir para a escola     

d. (   ) ir para o quarto

12. No texto há quatro momentos distintos no que se refere às atitudes do pai para com o filho. São eles, por ordem de acontecimento:

a. (   ) preocupação,  remorso, impaciência, atenção

b. (   ) desatenção, aflição, zanga, precaução

c. (   ) zanga, indiferença, remorso, precaução

d. (   ) remorso, indiferença, zanga, aflição

13. A frase “… onde diabo meteram a chave da despensa? “(par. 6) indica a fala:

a. (   ) do menino                   

b. (   ) do pai do menino

c. (   ) da mãe do menino     

d. (   ) do narrador

Interpretação de texto - “O menino que sobreviveu”

 

Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 4.

O menino que sobreviveu

O Sr. e a Sra. Dursley, da rua dos Alfeneiros, nº 4, se orgulhavam de dizer que eram perfeitamente normais, muito bem, obrigado. Eram as últimas pessoas no mundo que se esperaria que se metessem em alguma coisa estranha ou misteriosa, porque simplesmente não compactuavam com esse tipo de bobagem.

O Sr. Dursley era diretor de uma firma chamada Grunnings, que fazia perfurações. Era um homem alto e corpulento quase sem pescoço, embora tivesse enormes bigodes. A Sra. Dursley era magra e loura e tinha um pescoço quase duas vezes mais comprido que o normal, o que era muito útil porque ela passava grande parte do tempo espichando-o por cima da cerca do jardim para espiar os vizinhos. Os Dursley tinham um filhinho chamado Dudley, o Duda, e em sua opinião não havia garoto melhor em nenhum lugar do mundo.

Os Dursley tinham tudo que queriam, mas tinham também um segredo, e seu maior receio era que alguém o descobrisse. Achavam que não iriam agüentar se alguém descobrisse a existência dos Potter. A Sra. Potter era irmã da Sra. Dursley, mas não se viam havia muitos anos; na realidade a Sra. Dursley fingia que não tinha irmã, porque esta e o marido imprestável eram o que havia de menos parecido possível com os Dursley. Eles estremeciam só de pensar o que os vizinhos iriam dizer se os Potter aparecessem na rua. Os Dursley sabiam que os Potter tinham um filhinho, também, mas nunca o tinham visto. O garoto era mais uma razão para manter os Potter a distância; eles não queriam que Duda se misturasse com uma criança daquelas.

Questão nº 1

Marque a alternativa que corresponde à descrição do Sr. Dursley:

a) Ele usava um colete de lã com losangos em tons de marrom.

b) Ele tinha um pescoço longo.

c) Ele era um homem alto e corpulento, quase sem pescoço, embora tivesse enormes bigodes.

d) Ele usava um chapéu com uma aba sobre seus olhinhos maus.

e) Ele era magro e louro.

Questão nº 2

A escritora J. K. Rowling utiliza-se de dois adjetivos para descrever a Sra. Dursley. Identifique-os nas opções abaixo:

a) Linda e boa

b) Agressiva e enjoada

c) Mentirosa e carrancuda

d) Cansativa e medíocre

e) Magra e loura

Questão nº 3

A NARRAÇÃO é a modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar. Identifique, entre as opções abaixo, aquela em que a autora J. K. Rowling se utiliza desta modalidade textual:

a) O Sr. e a Sra. Dursley, da rua dos Alfeneiros, nº 4, se orgulhavam de dizer que eram perfeitamente normais, muito bem, obrigado. Eram as últimas pessoas no mundo que se esperaria que se metessem em alguma coisa estranha ou misteriosa, porque simplesmente não compactuavam com esse tipo de bobagem.

b) Usava óculos de meia-lua, tinha um nariz comprido e torto, cabelos esvoaçantes cor de prata, barba e bigode.

c) Aerodinâmica e reluzente com um cabo de mogno, a vassoura tinha uma longa cauda de palhas limpas e retas e a marca Nimbus 2000 escrita a ouro próximo ao punho.

d) Era de ouro polido e tinha asinhas de prata que se agitavam.

e) Era uma visão medonha. Quase quatro metros de altura, a pele cinzenta e baça, o corpanzil cheio de calombos como um pedregulho e uma cabecinha no alto, que mais parecia um coco.

Questão nº 4

No trecho “O garoto era mais uma razão para manter os Potter à distância.”, as palavras sublinhadas são respectivamente:

a) Verbo, adjetivo e substantivo

b) Verbo, substantivo e adjetivo

c) Adjetivo, verbo e adjetivo

d) Substantivo, verbo e substantivo

e) Substantivo, substantivo e substantivo

Leia atentamente o texto abaixo para responder à questão número 5

“O céu estará pouco nublado ou limpo, apresentando-se muito nublado somente no litoral a norte do Cabo Raso na parte da tarde. Provável ocorrência de períodos de chuva fraca ou chuvisco no litoral a norte do Cabo Carvoeiro. Espera-se vento em geral fraco (inferior a 20 km/h) do quadrante oeste, soprando moderado (20 a 30 km/h) de noroeste no litoral oeste a sul do Cabo Carvoeiro, em especial durante a tarde. Ocorrerá pequena descida da temperatura máxima, em especial no interior. Haverá neblina ou nevoeiro matinal.”

Questão nº 5

No texto acima, marque a tipologia textual utilizada pelo autor.

a) Texto preditivo

b) Texto narrativo

c) Texto descritivo

d) Texto dissertativo

e) Texto injuntivo

Leia o texto a seguir para responder às questões de 6 a 8.

Metamorfose

Meu avô foi buscar prata

mas a prata virou índio.

Meu avô foi buscar índio

mas o índio virou ouro.

Meu avô foi buscar ouro

mas o ouro virou terra

Meu avô foi buscar terra

e a terra virou fronteira.

Meu avô, ainda intrigado,

foi modelar a fronteira:

E o Brasil tomou a forma de harpa.

Questão 6

No período composto por coordenação “Meu avô foi buscar prata, mas a prata virou índio.”, o sujeito do verbo “virou”é:

a) Avô

b) Terra

c) Prata

d) Harpa

e) Brasil

Questão 7

Em relação às Classes das Palavras, as palavras “prata, índio, ouro, terra e Brasil” são respectivamente:

a) Cinco Substantivos

b) Cinco Adjetivos

c) Cinco Verbos

d) Dois adjetivos e três substantivos

e) Três substantivos e dois verbos

Questão 8

Observe a frase: “Meu avô foi buscar terra (1) e a terra (2) virou fronteira.” e marque a opção que apresenta a função sintática correta das palavras sublinhadas:

a) Terra (1) e terra (2) = Objetos diretos

b) Terra (1) e terra (2) = Objetos indiretos

c) Terra (1) e terra (2) = Sujeitos

d) Terra (1) e terra (2) = Objeto direto e sujeito

e) Terra (1) e terra (2) = Objeto direto e objeto indireto

Questão 9

Marque a opção que apresenta um predicado nominal:

a) João e Maria viviam felizes na casa da floresta.

b) João e Maria brincavam de manhã e de tarde.

c) João e Maria estavam cansados.

d) João e Maria dormem às 9:00 horas todo dia.

e) João e Maria almoçam com sua família sempre às 12:00 horas

Questão 10

Marque a opção que apresenta somente verbos de ligação:

a) Andar, dançar, cantar e comer

b) Ser, estar, permanecer, ficar

c) Ser, dançar, cantar e ficar

d) Ser, andar, estar, dançar e comer.

e) Ser, estar, ficar e correr.

Primeira postagem

Em 02 de fevereiro de 2012 iniciei este blog como uma forma de guardar o material usado por mim nas aulas que ministrarei em 2012.

Neste espaço, postarei também materiais que podem ser de interesse de meus futuros alunos, razão pela qual disponibilizarei para eles o endereço deste blog.